terça-feira, 31 de agosto de 2010
Mais sobre o desemprego e o seguro-desemprego nos Estados Unidos
Segundo o economista Robert Barro, a taxa alta de desemprego e a elevada participação do desemprego de longa duração no desemprego nos Estados Unidos (veja uma nota anterior sobre a duração do desemprego aqui) são conseqüências da extensão dos benefícios do seguro-desemprego (que passaram de 26 para 99 semanas), que implementou a administração do presidente Obama (opinião defendida por Becker e Posner, veja uma nota anterior aqui). Os efeitos perversos do seguro-desemprego foram robustamente confirmados pela experiência dos países da Europa Ocidental. A equipe econômica do presidente Obama apoiou a extensão dos benefícios, argumentando que em uma recessão tão profunda como a dos anos 2008-2009, o desemprego é o resultado de uma economia fraca, que não gera demanda suficiente de trabalho e que a oferta de trabalho (a disposição das pessoas para o trabalho) não é importante. A evidência recente, no entanto, indica que a oferta de trabalho realmente tem um papel: i) como menciona Barro, a taxa de criação de emprego (o número de novas pessoas que encontraram trabalho) é elevada, mesmo durante a recessão, e ii) como o documenta Mulligan, a disposição para o trabalho dos adolescentes durante o verão, reflete-se em um aumento do emprego nessa temporada. A evidência sugere, portanto, que as políticas públicas que desgastam os incentivos ao trabalho, possam explicar as altas taxas de desemprego observadas.
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